Vejo suas conquistas de longe, e vibro, com cada uma delas.
Vejo seus traços, passando lá longe, no escuro, e lembro do seu sorriso doce.
Eu fico feliz, mesmo triste, cada vez que você parece estar bem.
Assim, convivo com a distância e com as lágrimas da saudade, mas o que me deixa em paz, é saber que estás muito melhor sem mim.

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Frieza – Florbela Espanca 
Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
“Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!…”

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