Fim

Quanto tempo heim...
Estou aqui pois 2012 chegou ao fim, ufa! 
Foi um ano difícil, quantas pedras encontramos pelo caminho, quantos obstáculos.
O importante é que acabou, o mundo não acabou, e logo chegará o tão esperado (por mim) 2013.
Ano da minha possível estreia no rádio, ano do meu TCC, da formatura, da Jornada Mundial da Juventude (em razão disso minha viagem para o RJ) da parceria do blog "No Balaio" com o canal Videoland e da conclusão do Projeto de Pesquisa. Que Deus me dê paz e paciência, que seja um ano de sucesso.
Não costumo muito escrever coisas "pessoais" por aqui, mas, achei legal dividir um pouco dessa carga toda. 
Aos leitores queridos, desejo um ano repleto de amor, saúde, e que muitos sonhos se realizem para que outros possam surgir.
Vamos lá!
Vamos viver 2013. Optei por não fazer promessas e nem pedidos impossíveis, apenas entregar tudo isso a Deus e deixar que Ele me guie. 
Um grande beijo.
Ana Maria.

Percorro uma estrada que parece inacabável. Posso ver as nuvens se amontando no céu, a chuva está próxima.
O céu laranja, com o fundo escuro procura avisar que enfrentarei a tempestade.

Se foi

Hoje, as estrelas brilham mais que os seus olhos, e o vento levou seu perfume embora.

Convivo com o sentimento de que foi melhor assim. 

Sabor sem volta



O sabor da saudade vem 
com a falta do sorriso;
do cheiro;
da voz.
O sabor da saudade vem,
quando não existe mas o nós.


Teaser Doc - Porto Belo

Em breve, nosso documentário produzido na aula de Produção Multimídia. 
Aí está o teaser, pra galera ir conhecendo.



Poetas que ninguém vê

Conhecendo poetas desconhecidos, viajando por vidas quase nunca vistas, resgatando um amontoado de palavras cheias de sentimentos e vida, quase nunca lidas.


Meus Sonhos
Tenho sonhos!
Sou um sonhador
como tantos outros,
que desejam olhar longe...
No infinito.
são sonhos que parecem inúteis,
mas são meus.
São deles que construo cada dia, minha vida.
Eles são caminhos que devo perseguir,
são fontes de inspiração.
Deles, tiro meu sustento pro amanhã;
Por eles trabalho incansavelmente,
pelo Reino que deve ser sonhado.
Não vivo no sonho,
mas hoje, me esforço
pra viver o sonho de ontem.
Não adormeço no sonho,
mas quero caminhar sonhando,
para não me acomodar
no tempo,
nem viver para sonhos alheios.
Meus sonhos são alimentos da minha utopia.
Ar da minha existência.
 
Josino do Amaral                 
A vida ilumina,
o sorriso fascina...
Toda vez que você deixa o dia amanhecer.

Quando as lembranças surgem do nada, é por que os acontecimentos foram marcantes.

Se foi

Imaginei a gente junto, outra vez.
Imaginei nós dois, a lua e mais ninguém.
Imaginei você me abraçando, sorrindo,
dizendo que me amava e que tudo tinha passado.
Mas foi só imaginação. 
O tempo passou, o destino separou, o coração não esqueceu.
Histórias verdadeiras duram pra sempre, mesmo que apenas na mente.

Quando eu quero, tu não queres,
quando tu queres, eu não quero.
Quando eu posso, tu não podes,
quando tu podes, eu não posso.
Complicamos tudo, percebeu?

Um conselho

Melhor estar sozinha, a conviver com alguém que não me ouve.
Melhor falar sozinha, rir sozinha, chorar sozinha, a ter a companhia de alguém que não entende o sentido da palavra “amizade”, que não expressa sentimentos e que só enxerga o que é de seu próprio interesse.
  Pensem bem, sozinhas de plantão...

A coisa mais burra da vida, é sofrer por amor, mesmo tendo certeza de que o tempo cura tudo.
Mesmo sabendo que tantas outras vezes, você já superou!

Sol

Minha cara de sono, olheiras enormes... estamos no inverno, e é bem assim que eu fico.
Estava lendo os textos antigos do blog e encontrei um em que eu dizia odiar o frio, gente, eu confesso, continuo odiando.
Depois de dias de chuva o sol decidiu aparecer em Porto Belo, e eu agradeço muuito a Deus por isso, já que eu sou extremamente apaixonada pelo calorzinho dele.
O sol é abençoado, é vida, os raios te tocam e você viaja. O sol te faz sonhar, o sol me dá vontade de dançar, mesmo sem música. Eu olho o marzão lá fora e tenho vontade de me jogar. A praia está vazia, sem turistas, sem barulho, em estado perfeito, e o sol lá, completando tudo.

Por isso, feliz dia de sol pra vocês!


M i n h a s  m ã o s  j á  s e    a c o s t u m a r a m  c o m   a  f a l t a  d o  c a l o r  d a s  s u a s.

Ignora-me


O teu silêncio é meu pior castigo, e meu melhor remédio.







Desperdiçar um amor tão grande, não é melhor caminho.



O reencontro

Quando meus olhos finalmente se reencontrarem com os seus,
eu espero ter força o suficiente para não sentir nada.
Quando puder novamente sentir seu perfume, eu espero, realmente,
que meus olhos não se encham de lágrimas, a ponto de me fazer, como antes,
entrar em desespero.
Espero conseguir te ver saindo, com a certeza que não sofrerei com a tua ausência.
A escolha foi SUA, eu apenas aceitei não te ter.

Meu eu

Eu sou assim, repleta de exageros!
Eu choro muito, sorrio muito e muito alto.
Eu falo muito, discuto muito e escuto muito, pouco!
Eu amo muito, me apaixono muito fácil e sofro toda vez que isso acontece.
E eu vivo assim, eu e meus exageros.

Voando...

Hoje, senti falta de voar.  Continuo sendo livre, mas, já não consigo ser leve.
Com os pés no chão, fico observando as borboletas que parecem flutuar no infinito da vida.
Já não possuo mais asas, tive que aprender a caminhar com os meus próprios pés.
Para sobreviver às caminhadas, precisei entender que é preciso agir mais, e sonhar menos.

E o mundo de repente perdeu as cores.
Eu não consigo mais conversar com a lua,
caminho com os pés descalços numa areia escura,
é noite, não sei o que fazer, não sei pra onde ir.
 Me perdi.

Distante

As pessoas diziam que meus olhos brilhavam, e eu acreditava.
Afinal, não era por acaso que
a barriga gelava
e as pernas tremiam.
Mas as mesmas pessoas,
diziam que nunca daria certo,
e eu,
acreditei,
nem tentei.
Virei as costas e te deixei,
 nem foi tão difícil assim, fez falta, mas passou.
Hoje eu percebo,
que minha boca enche de prazer quando o assunto é você,
eu sinto que meus olhos continuam brilhando,
mesmo que explicitamente, não haja
sentimento algum.
Hoje eu vejo o carinho que sinto, e a saudade daquele sorriso envergonhado e daquele
costume chato, de ficar balançando as pernas o tempo todo.
Talvez, tivesse que ser assim, talvez eu tivesse que ter tentado, mas passou, e consigo ser feliz sem isso.


Mais uma de amor

E nem que todos os muros fossem até o céu, e as ruas inatravessáveis. Nem que os rios fossem tão, tão profundos. Nem que o impossível fosse a única coisa que nos restasse e a maior distância do mundo fosse o que de menor nos separasse, nem que o tempo passasse, nem assim, eu deixaria de te amar.

Dia dos namorados!

Para todos aqueles que não tem um namorado, mas ama sem igual.
Não tem um namorado, mas enlouquece com os beijos do amado.
Não tem um namorado, mas não briga, mesmo achando um saco
ouvir todo mundo falando de seus casos de amor, e dos presentes recebidos,
dos finais de semana vividos.
Pra quem fica feliz pela felicidade dos outros, maas sente o coração apertar
toda vez que ouve as pessoas falarem do quanto são felizes
em seus relacionamentos, mesmo tendo vontade de olhar e dizer: ok, não quero saber.
Pra quem é feliz, mesmo não tendo um namorado, mas tem a certeza de que não está sozinho,
por que ama, e quem ama, nunca está sozinho.
Pra quem não tem um namorado mas tem amigos, que te ouvem no sábado a noite
reclamar do quanto é ruim não poder gritar aos quatro cantos do mundo que você ama o beijar,
por que precisa amar em segredo.

amar em segredo
amar em degredo
amar bem secreto
amar sem decreto
amar sem contrato
amar escondido
amar cada ato
amar tão bonito
(amando te entrego)
amar a distância
amar toda ânsia
amar e deixar
ser criança
(Fabio Rocha)

Feriadãããão


Quando nada mais parecer valer a pena, procure a sua essência.  A alma precisa ser recarregada constantemente, com ar puro e com a pura simplicidade.
É isso que eu amo, é isso que me faz feliz.








Lages foi mais uma vez meu destino no feriado. Era semana festiva, o município realizava mais uma Festa Nacional do Pinhão, visitada por milhares de pessoas durante os dez dias de festa. Passamos por ela na quarta feira, dia 06, e a animação ficou por conta de Paula Fernandes, Victor e Léo e Michel Teló, mas confesso que eles não afastaram o frio.
Depois da festa, seguimos para São José do Cerrito, interior do interior do interior do Estado. Lá estava nossa casinha, esperando, sempre acolhedora, e passamos por lá mesmo o resto do feriado, sem o agito da festa.


A luz do céu muda o mundo

Quando a luz do sol se apaga, os olhos se abrem.
O escuro não deve ser motivo de medo, e o medo não deve interferir em escolhas.
Quando a luz do sol se apaga, as estrelas se acendem para provar que pequenos pontos, podem transformar um cenário obscuro e abrir sorrisos de todos os tamanhos.
A luz do céu muda o mundo.


Queriiiiidas estou indo viajar, é rapidinho, volto no domingo e logo na segundo, posto todas as fotos aqui para vocês.
É junho e Santa Catarina quase que iiiiinteeeeira vai para Lages nesta época, o motivo, é a Festa Nacional do Pinhão (o frio é o que estraga). Eu não perco uma né. o/

Chega de saudade

Como no dia em que, olhando com ar perdido pela janela, comentou com uma delas (enfermeira):
"Olha o vento descabelando as árvores..." (Disse João Gilberto)
"Mas árvores não tem cabelo, João", ela cometeu o erro de dizer.
"E há pessoas que não tem poesia", ele fulminou cortante.
Se João Gilberto não estava deprimido ao entrar ali, pode ter ficado, à visão da paisagem humana que o cercava.
Chega de Saudade
Ruy Castro

 
Tive que dividir esse trecho do livro que estou lendo para um trabalho na faculdade com vocês, a página é 151. Chega de Saudade é uma biografia da Bossa Nova, escrita pelo jornalista Ruy Castro. Essa parte do livro me tocou, realmente existem pessoas que não tem poesia, vêem o mundo talvez, menos colorido.

Então? Vamos colocar poesia em nossos dias?
Ver árvores com cabelos, ouvir o vento conversando e sentir o calor da vida, cujo sopro, recebemos todas as manhãs.
Surpreendente, como tem gente assim tão diferente,
quando está sozinho, não dá a mínima,
e aparece querendo tudo, quando já tem alguém em mente.
Gente acotustumada a trair, parece que isso não tem fim.
E no fundo todo mundo sabe, sabe que o tempo cura e ajeita tudo.
Como num piscar de olhos o tempo passa, os sorrisos voltam e a vida, minha amiga, já será outra.
Não se preocupe, tudo passa, tudo sempre passará. A vida vem em ondas, como o mar. Já dizia Lulu Santos.

Continuo escrevendo

Esses dias numa dessas minhas "viagens" pela internet, encontrei algo que muito me agradou, o texto é de Fábio Neruda, e cita uma canção, que ouvi na rádio num outro dia e que também me chamou atenção.

A canção é de Joana, e fala mais ou menos assim:
- Meu namorado é um sujeito ocupado, não manda notícia, nem dá um sinal…

Em seu texto, Fábio Neruda diz:

Simplizinho, não é? Mas olha a pérola de pensamento com que ela fecha o refrão:
- Eu ando meio com medo, que um dia ainda ache a tristeza normal.
Não é bonito? Não estou com problemas amorosos, não é por isso que estou escrevendo. Estou escrevendo porque, se não escrevo, posso achar que não escrever é normal.
Fábio Neruda

A peça chave do texto: "Estou escrevendo por que, se não escrevo, posso achar que não escrever é normal".

Saudade de quando a inspiração vinha todos os dias.

Hora de dividir um pouco com vocês essa minha Pobre Vida Complicada.
Vida de estudante não é fácil, vida de estudante de jornalismo então, puts!
Ainda temos muito o que aprender, mas, aos poucos vamos nos acostumando com câmeras, gravadores e os famosos "bloquinhos" que junto com a caneta nos acompanham por toda a parte, e é assim com a maioria dos jornalistas, sempre de "plantão", até mesmo quando não trabalham na área.
Como exercício prático, tivemos que gravar essa entrevista (vídeo), fomos pegos de surpresa, o que resultou em uma gravação improvisada, com assunto e perguntas improvisadas também. O problema maior foi gravar sem um pingo de maquiagem no rosto, e com o cabelo "desse jeito". Outra coisa interessante foi o cinegrafista ter jurado que não ia mostrar nossas pernas, já que estávamos de short, deu pra ver o quanto podemos confiar na palavra dele. o/


Aí está, fazendo dupla com Marcia Peixe, que se revelou uma ótima entrevistada.

Pense



Só não percebe quem não quer,
que a vida muda, que o tempo passa,
que o sol vai embora, volta quando bem entende.
Só não percebe quem não quer,
que as coisas acontecem e que a gente prevê,
tudinho.
Só não percebe quem não quer,
que o tempo passa e cura tudo.





Para completar, ontem a Xuxa participou do quadro "O que vi da Vida" do Fantástico. Trouxe o link do vídeo para quem não viu, dar uma olhada. Eu gostei bastante, um lado mulher que ninguém nunca quer ver, acho que as pessoas perdem tempo de mais colocando defeitos e falando mal, esquecem do ser humano. Aliás, a parte que ela fala o Ayrton Senna é fantástica.



http://www.youtube.com/watch?v=99BY5zNha0Y

Muda logo esse circo


1. Muda logo esse circo.




2. Parabéns Gabi.

Para completar a postagem, hoje, 17 de maio, é aniversário da minha linha amiga Gabi Florêncio, vou dispensar os comentários, aqueles de sempre, a equipe do Pobre Vida Complicada (que é cmoposta apenas por minha pessoa) deseja que todos os seus sonhos se realizem.

3. ...
A sua verdadeira felicidade chega a partir do momento em que você para de se preocupar com a felicidade dos outros.

Para lembrá-los de rezar


Ela rezava pela vinda de um grande amor, e se esquecia dos problemas em sua volta. Ela rezava por si só, e se esquecia dos outros. De repente, percebeu, que lembrar do outro vale muito mais a pena, e juntou as mãos e pediu:
Querido Pai, Deus de bondade, trazei de volta a paz para terra, protegei os jovens, acabai com a violência e o extermínio. Atendei os pedidos dos mais fracos, para que possam perceber que a verdadeira força está em Ti. Faça com que os outros, possam encontrar a verdadeira felicidade. Que as pessoas voltem a se encontrar contigo em comunhão, e que percebam que a reza, quando em comunidade, tem muito mais força.
Levantou e passou a ir na igreja aos domingos, e a não ter vergonha de assumir que vivia nos caminhos Daquele que lhe deu a vida e lhe trouxe a felicidade, e acreditem, mais além, veio o amor, ou virá.

Para sempre o leve

Na barra da saia da bailarina, há a mesma leveza de seus pés, os que saltitam e rodopiam,
sempre seguindo o leve ritmo da canção.
Na barra da saia da bailarina, há o mesmo brilho que encontramos em seus olhos,
brilho este, que se completa com o sorriso, leve, para sempre leve sorriso.


Vá embora, por favor

E talvez, atendendo aos meus pedidos, Deus te mandou de volta, só de passagem, mas mandou.
Mandou aquele sorriso desconfiado, que nunca ninguém sabe se é verdadeiro, pra atormentar os meus sonhos todas as noites, como fazia antes.
Recebi assim, de presente, palavras bonitas. Pude sentir, dessa vez de verdade, o seu perfume, a fragrância com a qual tanto sonhei e que tanto desejei sentir de volta.
Mas não me senti bem, e confesso que um grande alívio tomou conta de mim quando você saiu porta a fora, tão rápido quanto entrou. Hoje, ainda não entendo o motivo de uma visita assim, tão repentina e com ela, uma volta tão sutil. Os motivos dos meus sorrisos já são outros, você, infelizmente, já não faz parte de nada.
Ontem a linda da Gabi Florêncio me mostrou esse texto. Realmente lindo. Como compartilharam-o comigo, estou aqui compartilhando com vocês.


Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Vejo suas conquistas de longe, e vibro, com cada uma delas.
Vejo seus traços, passando lá longe, no escuro, e lembro do seu sorriso doce.
Eu fico feliz, mesmo triste, cada vez que você parece estar bem.
Assim, convivo com a distância e com as lágrimas da saudade, mas o que me deixa em paz, é saber que estás muito melhor sem mim.

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Frieza – Florbela Espanca 
Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
“Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!…”

dói, mas passa

É muito fácil dizer que ama, quando nunca amou antes.
É muito fácil dizer-se apaixonado, quando se conhece a menos de um mês.
Quero ver amar de verdade, mesmo sendo tratada com indiferença. Continuar amando, mesmo chorando desesperadamente, agachada no chão do quarto. Quero ver pôr a cabeça no travesseiro, e pensar que você está em algum lugar, com outro alguém, dizendo que a ama.
É fácil dizer que ama, mas é difícil provar. É difícil ter que ficar calada, aceitar, quando todas as outras mulheres no mundo servem para você amar, menos eu.
Relacionamento fracassado, momentos construídos em cima de interesses e mentiras. Difícil é aceitar o te amar, mesmo sabendo que não vale a pena.
Continuarei seguindo a linha das mulheres românticas, apesar de saber que no próximo romance, chorarei, outra vez.

E assim, se foi...

Eu lembro que você me deu um abraço apertado, estávamos vendo um filme, eu deitada no seu colo... Sem beijos, sem olhares cruzados, parecíamos nos evitar. As suas mãos se entrelaçavam às minhas, as posições mudavam conforme o desconforto. Foi a última vez que nos vimos, antes de você me falar, dias depois, que havia uma outra pessoa.
Fiquei apenas com a lembrança daqueles abraços apertados, do seu braço em volta da minha cintura, do seu cheiro.
Com o fim, palavras foram ditas sem pensar, espero que tenham sido sem pensar. E foi aí que percebi, mesmo com o coração doendo, que tinha acabado, algo que talvez, sequer existiu.
Eu já amei assim, sozinha, outras vezes. Mas com você foi diferente, foi o fato de eu simplesmente não corresponder aos “valores” e fatores estéticos que você sempre desejou, que fez com que nos separássemos sem ao menos tentarmos publicamente.
 Não, eu não uso roupas de marca, talvez nem me vista bem. Não, eu nem sempre me preocupo com meu corpo, nem passo dias em salão de beleza, e mesmo assim, proporcionei a nós, bons momentos, e se você nos deixasse tentar, nos faríamos muito felizes.

De repente

De repente, os olhos se fecham, a barriga gela, as pernas tremem.
De repente, tudo é como se fosse a primeira vez, o primeiro beijo, o primeiro carinho.
E depois do primeiro vira rotina, uma rotina que fecha os olhos e os ouvidos, não se vê e não se ouve mais nada, apenas aquilo que lhe interessa.
Incrível como o amor modifica pouco a pouco todo o nosso interior, parece bruxaria.
De olhos vendados você segue, muitas vezes achando ser a pessoa mais feliz e mais sortuda do mundo, mas nem sempre é. Acontece que você não enxerga nada, apenas o amor.
E é assim, que as pessoas são enganadas por esse sentimento ingrato, tão lindo, mas ingrato. Perdem amigos, se afastam e nem liga, apenas uma pessoa te interessa no mundo.
Por fim, mas uma vez de repente, a história acaba e o amor de vai, talvez para o mesmo lugar que os amigos, você fica sozinha.

Eu sinto falta

SENTIR FALTA [Ana Coutinho]

Sentir falta, ao contrário do que dizem por aí, é diferente, muitíssmo diferente, de sentir saudades. Ah, sentir saudades... Sentir saudades é grandioso. Dor enorme que rasga por dentro dias seguidos, horas intermináveis, tempo infinito.

Sentir falta não. Sentir falta é pontual. Sentir falta é dor fina, dor de beliscão com unha, dor de anestesia de dentista. Sentir falta é mais específico. Sente-se falta do carinho antes de dormir, da implicância com o controle remoto, sente-se falta do jeito boboca que ele tinha de andar, se balançando todo. Sentir falta é mais egoísta, quase que material. Sentir falta do café dele, da bagunça dele, dos discos dele, do chinelo dele, sempre ali, jogado displicentemente na beira da cama. Sentir falta da camiseta velha dele que você podia usar... Ai, que falta faz essa camiseta... Sentir falta é pequeno, mas não menos doloroso.

Ou não dói uma unha encravada? Ou não dói um bife que a manicure tira? Ah, dói... e como. Talvez até mais que a dor da saudade.

A dor da saudade é grande. É infecção generalizada. É uma gripe daquelas, uma dengue hemorrágica, uma pneumonia. A saudade não te deixa respirar. Não te permite trabalhar, te faz faltar o ar. É dor das grandes que te derruba de tal forma que, de repente, por mais que esteja sol, faz um frio de rachar na sua casa e você pode jurar que nunca - nunca - sairá de novo de dentro do seu edredon, porque suas forças acabaram ali, naquele instante, e não há mais nenhum fiapo de vontade, sequer para amarar um tênis. Isso é saudade.

Saudade não é sempre de uma coisa específica. Pode até ser, mas normalmente saudade é plural. Saudades é dos dois. Saudades é de você mesma, com os olhos brilhando. Saudades do frio na barriga, saudades do começo, saudades da praia, saudades daquela festa ridícula, saudades dos foras que vocês davam juntos, dos preparativos para aquela viagem, saudades daquela viagem e da alegria de estar lá. Da expectativa de ir pra lá, da ansiedade, da enorme felicidade e graça, que só vocês conheceram...
Saudades de coisas efêmeras, saudades de fumaça que não se pega, não se toca e, talvez, nem tenha acontecido de fato.

Por isso, saudade pode ser inventada - falta não. Saudade é contínua, falta é curta. Saudade é pó, falta é pedra. Saudade é soco no estômago, falta é puxão de cabelo.
Falta é daquilo que não está ali, e que deveria estar. É a dor da cozinha intocada, da luz apagada, do controle remoto só seu. A falta está na rotina, nas pequenas coisas concretas do dia a dia. Ela é pontual, mas pode aparecer todos os dias. E todos os dias você sentirá a dor fina da picada de uma abelha quando notar, por exemplo, que o banheiro está arrumadíssimo e a pia ficou grande para os seus poucos perfumes. Lá está a dor da falta vindo de repente, tal qual um ladrão que te furta a bolsa... Ela vem e, como uma unha encravada, não te impede de trabalhar, de viver, até de se divertir. Mas avisa que está lá, latejando dentro do sapato bonito.

Você pode até ter se curado das saudades, mas, talvez, um dia, quando o chuveiro queimar, você vai sentir uma falta enorme dele, e de todas as soluções simples que ele tinha para problemas tão complexos como esse...

Talvez uma se cure antes da outra, talvez nenhuma das duas tenha cura. Ambas, no entanto, te trazem a sensação da angústia. Ambas acontecem apenas quando o objeto da saudade ou da falta, parece estar ali, na beirada da sua vida. Ambas te fazem esticar o braço com força, com toda a sua força, o máximo que pode, para alcançar aquilo que já não está mais ali, que é sombra, é marca d'água de powerpoint, e é por isso que dói.

Talvez essas duas dores só sumam de fato quando ele sair da beirada. Quando o desenho do rosto dele não for mais tão nítido na sua memória, quando o som da voz dele não for mais tão claro em teus ouvidos. A saudade e a falta, de formas diferentes, com dores distintas, clamam por aquilo que mais se teme. A única solução possível é a mais temida, e serve para as duas: o esquecimento.
Hoje eu chorei, dizem que é bom chorar.  Lembrei de alguns momentos, momentos tão especiais.
Eu chorei ao lembrar do seu abraço, que a tanto tempo não recebo, do seu beijo, do cheiro do seu perfume.
Eu chorei, e não tenho vergonha de chorar, dizem que limpa a alma.
E em meio às lembranças desses momentos, só nossos, que resultaram em lágrimas tão doces, alguns me faziam simplesmente não te conhecer, como aqueles que você deitava no meu colo e pedia carinho.
Você pode achar que foram meses em vão, mas pra mim, cada dia valeu a pena. Eu te amei.
A vida é uma estante cheia de romances, há entre todos os livros, um preferido, aquele do pra sempre, que guardaremos para vida. Há nessa estante outros livros, pegamos, lemos e colocamos de volta no lugar, de onde jamais deveriam ter saído.


Um dia você vai voltar, depois dessas saídas repentinas da vida das pessoas, e uma delas simplesmente vai te ignorar, como se você jamais tivesse existido. Um dia, quem você acha que realmente é importante na sua vida pode te mostrar que você nunca passou de “mais um”. Um dia você vai perceber que aquele tempo, quando você tanto reclamava, era simplesmente a fase mais linda da sua vida, e você não deu valor, deixou passar. Vai haver um momento em que todos irão, em fim, reconhecer o amor de quem realmente merece, mas aí, haverá grande chance de a hora certa ter passado. Nunca se desfaça do amor de alguém, seja sincero, amigo, apoie, chore junto, converse, dê um colo, faça carinho, você nem imagina o quanto esse momento pode significar pra você no futuro.
Parece que um anjo de asas negras envolve a mulher apaixonada. O amor quando mal administrado nos suga a alma, nos tira a vida. Não se vê o mal, não se percebe o egoísmo, vivemos para o outro.
O amor é bom, nos deixa feliz, faz brilhar os olhos, mas o amor também aperta a garganta, enche o coração de angústia, mergulha a vida em lágrimas de sangue. Somos muito mais que os amores, mas demoramos entender.
Ela o amou, mesmo nunca sabendo se o sentimento era recíproco. Hoje, ela percebeu que sente falta do tempo em que estiveram juntos, da amizade, do grande carinho que sentiam um pelo outro, do amor.
Na época, por muitas vezes ela ficou descontente com ele, reclamava, chorava... Tantas vezes ele estava errado, se comportava de maneira errada, mas, mesmo não sendo um exemplo de pessoa, jamais a deixou sozinha e quando precisavam um do outro, deixavam as intrigas de lado, lutavam juntos, torciam.
Como todas as mulheres, ela sempre pensou dar muito mais importância à relação que ele, achava que apenas dela vinha o amor verdadeiro. Mas o cara ligava no meio da madrugada pra ouvir sua voz, e dizia que a amava, ria alto, conversava.
Eram novos, imaturos e inocentes quando se conheceram, a menina sonhava com um conto de fadas e um príncipe encantado, ele a fez perceber que tudo não passava de histórias infantis, a vida de verdade era diferente, mas ela nunca deixou de sonhar.
Eles moravam longe um do outro, passaram a maior parte do tempo separados, mas ao mesmo tempo, estavam tão juntos. Por muitos anos, ela pensou que jamais conseguiria viver sem ele. Ele a erguia toda vez que tropeçava, estendia a mão sem reclamar, ele jamais a ignorou, sem jeito, confuso, juntava algumas palavras e conseguia dar a maior força que ela poderia receber.
Na vida, podemos amar várias vezes, guardamos com carinho todas as vezes que o amor foi verdadeiro. Os dois se amaram da forma mais simples possível, mesmo que na época tudo parecesse tão complicado. Hoje, ela sente falta exatamente do que lhe fazia bem e que por tanto tempo pensou que fizesse tão mal. A vida escolheu para ambos, caminhos completamente diferentes, as responsabilidades do amadurecimento apareceram, e as irresponsabilidades também. Os dois foram se afastando, até que não deu mais certo, só Deus sabe como ela sofreu, pensou então em desistir do amor, nada jamais seria igual ao tamanho amor que ela sentia, mas superou. A vida os apresentou outros companheiros, eles tentaram, alguns deram certo, outros não.
O fato é que cada um seguiu sua vida, felizes ou não, eles tiveram que aprender a sobreviver sem um ao outro.
Às vezes a saudade bate, mas as pessoas só sentem falta daquilo que foi bom, não temos dúvida de que o amor foi verdadeiro, de que o companheirismo foi fantástico e que a relação foi saudável, muito mais que amantes, ele foram amigos, e a amizade vai prevalecer sempre, mesmo com tão pouco contato. Os corações param pra lembrar que um dia, um foi do outro, bate a saudade do abraço apertado, do colo, do carinho. Por orgulho, ou não, eles não se procuram mais.
(trs)
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